quinta-feira, 8 de março de 2012

" Poesia aos quatro ventos "

( Em progressão ) autor Quito Arantes

                               Sê paciente; espera

Que a palavra amadureça

E se desprenda como um fruto

Ao passar o vento que a mereça.

Eugénio de Andrade

Poesia

Aos quatro ventos

Podia voltar a esfriar a alma

Em prol do bom senso dito comum

Mas minha alma tem que ser

Aquecida para bem do meu alcance

Editando o mundo

No meio da encruzilhada da vida

Tem que haver uma saída

Que não seja a conformação agarrada

Às sugestões da sociedade efémera.

29/06/2011

O ar respira-se serenamente

O som das águas entra

Na minha consciência como

Um inibidor de males,

Refrescando o sentido da minha vida.

Porem, tudo se torna o começo

De uma vida de plenitude

Desejo esta herança

A todos os homens de bem

Que lutam fugazmente

Para encontrar o descanso merecido.

Respiro reflexos da minha alma

Como se nesta manhã de verão ameno

Me trouxesse a paz eterna.

23/07/11

XXXX

Folgaz! És tu, sou eu, somos todos

Nesta caminhada de adversidades

Que escapa ao nosso poder de encanto.

Quero dizer-te que além do pudor

Das noites de paixão arrebatadora

Existe aquilo que nos faz perdurar no tempo

As memórias da tua frágil silhueta

Que me encantou.

Agora, aguardo que um dia

Tu me reencontres

Na tua dimensão existencial

Que me levará ao sossego da alma.

24/07/11

xxxx

Corre os ventos de norte

Como se um apelo anunciado

Me levasse para o paraíso.

Queria embeber-me nas fragas

Que refrescam a minha mente

Entupida pelo redopio da cidade.

Correm os ventos da mudança

Lentamente pelo meu ser

Nas formas de desejo inacabado.

- Levarei a dor dos momentos passados

Para que esta se desfaça em alegria

E felicidade nos ventos algures do norte.

Agora o retorno já não é possível

Não haverá hesitação num desleixo

Continuarei a amar a existência

Do bem que traz as almas amigas.

13/05/11

xxxx

Sei que os ventos agrestes

Podiam trazer boas novas

Há minha existência perturbada.

Posso constatar que a paz

Desejada ao fim dos meus sofrimentos

Podia arranjar um bom senso

Para agora descansar os meus tormentos.

24/07/11

Xxxx

Fecha-se uma tarde serena

De um equilíbrio absorvente

Deixo que as horas sigam o seu caminho

Enquanto minha alma perfaz

O retorno há serenidade

Da minha existência

Encontro-me entregue ao meu ego

Que faz as contas deste dia renovado.

28/07/11

XXXX

Como tenho meu amor em mim!?

Quero pedir a ti, Altíssimo…

Quero não mais ofender o desejo

Das eloquências perdidas no tempo.

Poderei deixar o tempo passar

Sem que a alma sangre pecados

Sem fim… sem medos rasgados

Pelo tempo perdido…

29/07/11

XXXX

Quero sentir o perfume do teu corpo

Suado de ardor do nosso enfeito de paixão.

A minha solidão deixa de fazer sentido

Quando o teu sorriso

Entranha-se da minha alma.

Teus seios afagam os meus sofrimentos

Da longa espera do amanhã

Que tarde em chegar.

Verei o sossego das nossas almas

No culminar dos nossos sentimentos.

03/08/11

XXXX

Levando a memória deitada

No aconchego do tempo.

No despertar das ilusões

Encontro o meu ser

Liberto da padecida

Que encarcerava

A libertação da minha alma.

04/08/11

XXXX

Pelo passeio da felicidade

Colho os frutos debruçados

No peitoril da minha existência.

Não deixarei esta minha eloquência

Por mãos alheias; - Sou eu e só eu!

Que por estas terras encontro

O que a mim me satisfaz.

04/08/11

XXX

Caminho pelas calçadas que me levam

Às terras de minha promessa.

Encontro o verde, a frescura

Da sombra dos carvalhais seculares.

Caminho ao encontro da minha existência…

Entregue ao meu pensar,

Vou descobrindo as calçadas

Do meu contentamento

Que me levam ao esplendor da natura.

Enquanto houver forças para caminhar;

Os trilhos da vida serão desbravados,

Por entre montes e colinas,

Desaguados nos caminhos

Que me levam ao alto

Da casa do sol nascente.

17/08/11

XXXX

Por meus enredos estasiados

Encontro almas felizes

Em terras nunca antes desbravadas

É como um regresso a um lugar de sonho

Que se concretiza no encontro

De seres simples desgarrados

No lugar que Deus oferece.

13/08/11

XXXX

                          Guardo a minha existência efémera

Nas palavras escritas e suportadas

Por vivências de um estado de alma,

Buscando o sorriso de uma face

Terna de momentos de solidão

Que arrasam o corpo perdido,

No encanto de um sonho perdido.

24/08/11

XXXX

Belos são os teus pensamentos

Tinha dito no cruzamento

Do meu espaço singelo.

Agora serei eu em ti

Serei tudo que minha alma

Renasce para ti.

                          Acordo na manhã fresca

E logo as minhas ideias

Começam a fervilhar.

É o amor a chamar por mim

É a vontade de estar perto de ti.

Trago na alma a tua garra de viver

De vencer as vicissitudes

De um corpo lutador.

29/08/11

XXXX

                                            Entrega a alma

Fazes-me ver em ti a mágoa

Que alcança as memórias perdidas.

Subo a calçada em busca da tua alma,

Perdida num sonho de esperança…

Perdida num sonho de esperança…

Vejo-te partir em coisas vãs

Quero sentir o teu sonho perdido

Entrega a alma ao Amor

Perdido num sonho de esperança…

Perdido num sonho de esperança…

31/08/11

XXXX

Por de trás da tua frágil

Silhueta de mulher

Encontro um ser de férteis desejos

Férteis de âmbitos quereres singelos

Que me comportam para a plenitude da vida

Percorro os sinais do nosso entendimento

Como se os dias fossem

O respirar das nossas almas

Transpirando o desejo

Da nossa ternura efémera.

Agora direi aos quatro ventos

Que não é para admirar

Nem tão pouco para homenagear o nosso desejo

Encontrarei o lugar que dará asas

Há nossa existência de encanto.

12/09/11

XXXX

Num despertar de alma

Entrei no sossego da minha existência

Que tardava em preencher os tratos singelos

Do meu bem-querer.

No rodopio dos pensamentos

Evoco a plena e cristalina vontade de amar.

Deixarei o testemunho do dever terreno

Que me exorciza os meus medos.

Deixarei entrar a Luz

Que me ilumina

A plenitude de uma vida com sentido.

21/09/11

XXXX

Respiro o ar fresco montanhês

Que me faz renascer para a vida

Abrindo-me o caminho para ti.

                          Vais surgir do momento

Singelo e terno que minha alma

Vem procurando nas terras cristalinas.

Guardarei religiosamente

As tuas palavras que me aquecem a alma.

Por onde andar, evocarei

Aos quatro ventos a tua imagem

Que ressuscita…

Os meus pensamentos adormecidos.

24/09/11

XXXX

“ Aqui e agora “

                           Ao longo da bruma

Que exalta as marés

Dos meus contentamentos,

Recordo o teu olhar fugidio,

A ternura de um acontecimento inesperado,

A fé que um dia descanse no teu seio

Desprotegido da ânsia provocatória.

Olho o horizonte furtivo

Perpetuado nos percalços da vida.

Quero deixar um sinal

Que transvase a eloquência do meu ser.

                           Percorro os tempos da paixão arrebatadora

No feitiço das almas desamparadas

Que escorrem os jardins do néctar erotizado.

Aqui sentado mais perto do Céu,

Esperarei pelo teu sinal

Que dará razão à minha existência.

03/10/11

XXXX

Num sereno olhar

Contemplo a tua formosa silhueta

Que dá harmonia

Ao transeunte visionário.

Deixas o rasto da simplicidade

De pessoa que cativa

As almas solidificadas

Nos jardins de encanto.

Nos verdes campos imagino

O teu corpo livre de preconceitos

Vagueando pelos girassóis em flor.

O tempo será testemunha

Destas palavras e anseios

Que criaram em mim

O ser dos campos da tranquilidade renovada.

04/10/11

XXXX

                          Neste caminho que percorro até ti,

Levo uns abanões fugidios

Que m e alertam para o sentido da dor

Que percorre as tuas veias sofredoras

Acordo para a vida madrasta

Que tentando em vão desconcertar

A minha alma em ti,

Logo me vejo possuído a voltar

A este caminho que me leva há tua alma.

Não deixarei por mãos alheias

A vontade de te amar em alma e coração,

Pois a força dos nossos sentidos

É mais forte que as destrezas

Dos queixumes interesseiros.

Amar-te-ei, mas com Alma.

09/10/11

XXXX

Os olhares buscam formas

De sentir o desejo adormecido

No encanto dos corpos

Transpirados de tanto se darem

Às aventuras de sonhos realizáveis.

Virá de longe ou de perto

O sinal encantado

Nas profecias das almas deixadas ao acaso.

No teu olhar desprendido

Num lugar radiante,

Levo-te na comunhão

Da singela palavra

De um pensamento amigo.

11/10/11

XXXX

Laços perdurados

Na minha existência efémera

Com o cariz de uma libélula

Que sobrevoa as águas cristalinas

Dos ribeiros interlaçados

Nos dias do amanhã incerto.

Hoje sou assim, amanhã serei diferente

Como o tempo nunca é o mesmo.

A busca do equilíbrio emocional

É a maior das tarefas

Que no meu dia-a-dia de incongruências,

Faço as batalhas para dar paz à minha alma.

13/10/11

XXXX

Folhas deste Outono tórrido

De anseios que esquentam

Os desejos alcançáveis.

Folhas que caducam as memórias

Gélidas do passado.

Folhas que vão fertilizar

Os prados do meu contentamento

Folhas deste Outono

Que me dão a escolher

O caminho entre os ventos

Plenos de saudade no encanto

De uma nova etapa

Que me levará ao imprevisto da aventura.

XXXX

O caminho do verdadeiro

Ser inócuo deslumbra-se

Na entrega sem pudor

Nos movimentos mais absurdos

Da sua imagem reflectida

No encontro com o seu êxtase.

O medo cresce nas nossas

Incertezas preconceituosas.

Podia rasgar as sensibilidades

Que apoquentam as minhas pretensões

De amar o próximo.

Daqui deste lugar singelo

Levo a cabo o meu desejo de amar,

Amar sem luxúria,

Amar a ternura como me

Acariciam os meus ternos sentimentos.

Quero guardar na memória futura

As tuas palavras que confortam

Minha alma.

31/10/11

XXXX

Com uma pequena áurea

Recordo os momentos de encanto

Como se de um passado longínquo

Vertesse lágrimas agridoces na minha alma.

Sinto os meus dedos trémulos

Aquando do espetáculo da vida

Surgindo de um momento imprevisto.

Largo a minha inocência incrédula

Como se alguém me anunciasse

O futuro já ali.

Guardo pequenas palavras

Que me aquecem a vicissitude da vida.

Agora só eu fico aqui esperando

O sinal da resistência aos Deuses.

18/11/11

xxxx

Retorno ao cansaço inventado

Por tiques que transcendem

Não vejo senão o silêncio solitário

Nas margens do pensamento austero.

Quero sentir a frescura destes dias

Trancados nos sinos da revivescência

Do meu trato singelo contigo.

O amor não vem lá, nem de longe, nem de perto

Mas tenho-te a ti minha flor agreste

Que por momentos me retiras

Este cansaço inventado.

23/11/11

XXXX

Envolto deste tormento

Evoco os demônios imaginários

Da loucura vadia neste tempo perdido.

A vida será aquilo que eu fizer dela

Sem entrepostos de segmentos fugazes

O alcance deste temer só levará

O que de mim eu deixar.

Deixarei libertas as minhas musas

Eloquentes no meu olhar sonhador

Porque os dias de paixão são iguais

Ao meu sonho rasgado

Nas profundezas do Amor.

30/11/11

XXXX

Encontrava caminhos cruzados

Na essência do florescer da minha liberdade

Porem, algo me disse;

Que o lugar deixado

Para o meu testemunho

Ficaria longe de ti

Minha flor do campo

Que ressuscitaste minha alma

Perdida no corrupio da leviandade.

XXXX

                          Com um abraço terno

Embebo teu corpo franzino

Sinto a alma rejuvenescer

De uma emoção perdida

No tempo da distância fugidia.

Foste prometendo voltar um dia

Que se perde num tempo sem fim

Guardo o teu olhar meigo

Que me faz entrar num estado

De esperança de um mundo melhor.

Aqui, rasgo ressentimentos efémeros

Aqui, fico no meu compasso silencioso

Aqui, eu e só eu nos devaneios

De sonhos e delírios de esperança.

XXXX

Fico aqui amando o teu regresso

Como a água fresca e cristalina

Que acorda o meu rosto adormecido

Neste tempo sem fim.

Enlaço o teu rosto

Nos pensamentos da doçura plena,

Que ficará por tempo de milhares de rezas.

Eu caminho, Amor! Por milhares…

Encostado às tuas palavras de conforto.

Vou respirando a tua alma em mim

Por milhares, milhares de ternos ecos.

09/01/12

XXXX

Com o meu peito apertado

De incongruências sem sentido

Deixo-me iludir pelo sentimento

Que desgasta o meu coração solitário.

O tempo passa e tu resistes

Às minhas investiduras.

Gasto de imprecisões apelativas

Continuo o caminho

Da minha objectiva libertação.

Espero a chegada do teu abraço

Que tranquilamente me dará

A energia cósmica para a minha

Tão desejada aceitação universal.

30/01/12

XXXX

Fugindo do caos sofrido

Encosto a alma à mãe Natura

Sinto os sinais dos seres selvagens

Que me despoluem as amarras

Da intempere do sufoco urbano.

Destilo nos sons da Natureza

Nos arranques voluntários

Da minha igualdade partilhada.

Rasgo as palavras inusitadas

De um mundo que não me pertence

Refresco a minha face

Nas tuas águas cristalinas

Viste-me chegar empobrecido

Nas rédeas do mau-olhado.

Agora sou tu em mim,

Plenitude da Natura.

Agarra-me, leva-me contigo…

23/02/12

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